Baile das Comadres

O Baile das Comadres, é um baile tradicional que se realiza na freguesia de Oliveirinha há mais de cem anos, na quinta-feira que antecede o Carnaval.
Ao longo da sua existência, embora sempre se tenha realizado, o Baile das Comadres já passou por várias vicissitudes e muitos foram os seus organizadores.
A Casa do Povo que há mais de sessenta anos, cedia as suas instalações para a realização do evento, por entender que os seus fins estavam a ser desvirtuados, assumiu a organização a partir de 1992.

Assim, um grupo nomeado para o efeito, anualmente faz uma listagem de todos os rapazes e raparigas solteiras.
Os nomes são colocados em dois sacos diferentes.
No intervalo do baile, são tirados sucessivamente um nome de uma rapariga e outro de um rapaz que serão “compadres”.
Na Quarta-feira de Cinzas, a comadre oferece uma prenda ao compadre e este por sua vez, retribui no Domingo de Páscoa.
É portanto uma tradição centenária de cariz regional e ao mesmo tempo familiar.
Antigamente os pais munidos com os seus farnéis, acompanhavam as filhas ao baile que além do aspecto lúdico, tinha também as funções de promover uma sã convivência e confraternização entre as famílias.

Hoje embora já ninguém traga o seu farnel, de uma forma geral, as famílias acompanham as filhas e os filhos.
De salientar que além dos sócios da Casa do Povo, os rapazes e raparigas (compadres e comadres), têm entrada gratuita.
Porque se trata de um baile de carnaval, há sempre alguns mascarados que também são identificados em local próprio destinado a ocultar a sua identidade.
Os eventuais lucros obtidos com a realização do Baile, revertem sempre para fins de solidariedade social.

Jogo de Futebol Solteiros-Casados da Costa do Valado

Este convívio, que consiste num Jogo de Futebol, iniciou-se na Costa do Valado em 1973. Inicialmente era disputado entre Gordos e Magros, mas devido à falta de pessoas com as caracerísticas designadas, alterou-se para Solteiros e Casados.
Realiza-se todos os anos, geralmente em junho e tem como único objetivo a confraternização entre os nascidos, residentes e todos aqueles que de alguma forma tem ligações à localidade.

Porque o que verdadeiramente importa é o convívio, manda a tradição que o jogo termine empatado, sendo muitas vezes assinalados penaltis para que se arranje o resultado.
Mas outras brincadeiras podem acontecer neste jogo peculiar, sendo possível ver jogadores a atirarem-se para o chão para que possam ser assistidos com o tradicional Chaparrião, que refresca as gargantas.
Mas os espetadores também já puderam assistir à entrada de uma burra como transporte da maca.

O Convívio termina com uma grande jantarada, bem temperada e bem regada num dos restaurantes locais. Durante o jantar é nomeada a comissão organizadora do ano seguinte. Para a passagem da documentação, e caso seja necessário, ajuda na organização, existe um conjunto de pessoas designadas de "Comité Central", que neste caso não tem qualquer conotação política.